- Este local
fede a morte. A luz de Luna não alcança essas terras. Isto é uma verdadeira
Necrópole!
As palavras
de Amon saem de seus pensamentos enquanto ele caminha por entre locais
destruídos. Apenas vermes rastejantes saem deles e sibilam enquanto o garou
caminha. Então uma sombra se forma à sua
frente! Ela não é nítida, mas tem os contornos de um garou... A sombra que parece
compor-se de cinzas, se vira para Amon e dela saem palavras:
- O céu está
encoberto, as estrelas obscurecidas. Eu sou o Arauto de Anpw, você caminha em
minha direção, mas a sabedoria que busca deve ser merecida.
A sombra se
desfaz deixando ao redor do garou muitos espíritos sedentos por soma. Eles lembram guerreiros do mundo antigo com
suas armaduras quebradas e velhas armas.
O peregrino sabe que lutar não será a melhor estratégia, então ele corre
e se lança para dentro de uma das construções que lembra uma velha torre.
Uma vez lá
dentro, ele empurra um velho armário selando a passagem por onde entrara.
Infelizmente, ele percebe que não está sozinho e nas sombras a voz rouca de um
garou se faz soar:
- Nós caímos
no vau dessa batalha há muito tempo, para impedir que o mau se propagasse. De
forma alguma posso permitir que algo saia daqui! Eu sinto muito irmão, mas tu
morrerás neste local! Eu Cinzas de Arindel, Philodox dos Desbravadores de Herne
não permitirei que nosso sacrifício tenha sido em vão!
O garou
translúcido exibindo sua forma crinos sai da escuridão, ela parece com os
mortos do lado de fora, seu pêlo é pálido, sua carne é magra e sem vida, seus
olhos são buracos negros. Ela salta no
ar rodopiando e desferindo um grande ataque com suas garras vindo de cima!
O peregrino
quase não tem tempo para se esquivar e recebe um leve arranhão em seu rosto,
então revida com sua espada cortando o ar em direção ao espírito do bravo garou, ZAP! A lâmina encontra uma cadeira
que o seu adversário usa como escudo. Ambos disputam sua força e Arindel o
desarma fazendo a arma cair no chão. O peregrino aproveita a brecha no
movimento e ataca com toda sua ferocidade, desferido suas garras contra ela!
Ele ataca
primeiro focando as pernas, mas isso foi algo que Arindel facilmente desviou. O
que ela não previu, é que o movimento foi apenas um engodo para pegar o fetiche
e desferir o verdadeiro golpe! AAARGHHH!
Arindel se debruça sobre suas patas e então recebe o golpe final fazendo seu
espírito sumir em meio às sombras.
O som da
barricada sendo despedaçada apressa os movimentos do garou que sai por uma
passagem entre as pedras de uma das paredes e ao atravessá-la, se depara com um
campo de batalha com milhares de corpos, corvos que se alimentam deles, cavalos
e guerreiros apodrecidos. No horizonte um cavaleiro caminha arrastando sua
espada, apenas para alguns metros depois cair em meio ao rio de sangue. A sombra que ele vira antes reaparece
apontando para além da colinha e em sua mente ele diz:
- Isto é uma
lembrança, da garou que acabou de enfrentar. Veja seu último momento. Acho que
ela tem algo para você...
Novamente ele
some deixando o garou no campo da morte.
Ele caminha e sobe a colina para ver atrás dela uma carcaça de wyrm
trovão dilacerado e centenas de corpos a sua volta. Entre eles uma mulher
estica os braços, então Amon corre para ver. É ela, Arindel em seus últimos
instantes.
- Você veio
me levar? É você que carrega os mortos?
O Peregrino
fica desconsertado e não sabe muito o que dizer, mas sente que deve dar
descanso a ela naquele momento. Então ele puxa uma pena de Garça, branca e pura
que ele usa em seus ritos fúnebres e passa na testa dela dizendo:
- Você
caminhará além do Duat até seus antepassados agora. Não mais precisa lutar
aqui!
Assim que
termina de falar, a garou parece ter morrido e todo o lugar se remodela, Amon
agora esta em um estábulo, algo que lembra o estábulo da Dona Dálva. Seus
passos seguem em direção a casa enquanto olhos brilhantes começam a surgir na
escuridão!
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