sexta-feira, 12 de janeiro de 2018

O CÉU CINZA DO REI DOS CERVOS

                     Eu me lembro do dia com clareza meus olhos estavam congelados olhando para Árvore do Crepúsculo ela rasgava o tronco a sua frente e eu via tanto vermelho, como quando abatemos o grande negro um búfalo velho e doente... Mas me volto ao seu estado até que a fera finalmente rugiu ao mundo... Nosso filhote, apenas um... Grande, forte, contudo uma de suas patas dianteira estava menor eu percebi ali que o Avô Serpente estava sorrindo para nós.
                Os verões passaram e nós fomos separados da matilha como punição do nosso amor, mesmo assim nos mantivemos firmes e criamos a Resistência de Phandar em honra a grande árvore onde nosso pequeno nasceu.
                Logo quatro primaveras já haviam se passado e éramos uma matilha, uma família e o ensinamos tudo que podíamos nosso pequeno dançarino da lua, nós o batizamos de Cinzento, pois o céu era cinzento naquele dia. Ele se tornou forte e curioso e logo tivemos que alertado que nunca deveria sair dos limites do território nem mesmo chegar perto do primeiro povo.
                Não sabemos se ele seguiu as folhas que dançavam no vento ou o barulho das carroças atiçou sua curiosidade, mas logo ele passara dos limites do território e no vale do Planalto Alto uma caravana dos Haole estava parada, eles estavam caçando os cervos... Cinzento se esgueirou como um hábil caçador que era em sua forma lupina ele mancou até atrás das casas que andam e observou. Mas o filhote de Haole olhou de volta e seu grito agudo fez nosso pequeno milagre se assustar e logo o fogo corria no ar.
                Seu uivo nos chamando foi trazido pelo ar e não somente nós, mas a seita inteira corria em seu auxilio, logo vimos que vinha de muito mais longe que o limite mesmo assim Estrela de Ferro ignorou o limite e avançamos nossas patas rasgavam o solo tamanho era o nosso pavor ao ouvir o som de agonia que ecoava...
                Por fim estávamos ali e me lembro do meu coração esta batendo como o som da tempestade que iria se abater sobre aqueles arautos da wyrm! Nosso pequeno milagre estava no chão sua mãe partiu em direção a seu corpo, mas eu e os outros apenas atacamos estraçalhando suas casas, seus ossos se partindo em nossas bocas, seus crânios se partindo sob nossas garras.
                Não deixamos nenhum deles vivos, nem mesmo os cavalos resistiram a nossa fúria. Meu filho havia partido em um dia como o que trouxe ele ao mundo.  O ancião nos permitiu enterrá-lo no cemitério dos nossos heróis para que ele fosse recebido por nosso povo do outro lado. O avô fumaça agora toma conta dele assim como a Grande Mãe.
                Aceitamos sua partida, contudo não existe perdão em meu coração para os filhos de haole sempre que tentarem entrar em nossa casa sentirá a mesma fúria que tomou meu peito naquela tarde cinza...


Rei dos Cervos  Lupino –Galliard- Adren  - Resistência de Phandar

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