Eu me lembro do dia com clareza meus olhos estavam congelados
olhando para Árvore do Crepúsculo ela rasgava o tronco a sua frente e eu via
tanto vermelho, como quando abatemos o grande negro um búfalo velho e doente...
Mas me volto ao seu estado até que a fera finalmente rugiu ao mundo... Nosso
filhote, apenas um... Grande, forte, contudo uma de suas patas dianteira estava
menor eu percebi ali que o Avô Serpente estava sorrindo para nós.
Os verões
passaram e nós fomos separados da matilha como punição do nosso amor, mesmo
assim nos mantivemos firmes e criamos a Resistência de Phandar em honra a
grande árvore onde nosso pequeno nasceu.
Logo quatro
primaveras já haviam se passado e éramos uma matilha, uma família e o ensinamos
tudo que podíamos nosso pequeno dançarino da lua, nós o batizamos de Cinzento,
pois o céu era cinzento naquele dia. Ele se tornou forte e curioso e logo
tivemos que alertado que nunca deveria sair dos limites do território nem mesmo
chegar perto do primeiro povo.
Não sabemos
se ele seguiu as folhas que dançavam no vento ou o barulho das carroças atiçou
sua curiosidade, mas logo ele passara dos limites do território e no vale do
Planalto Alto uma caravana dos Haole estava parada, eles estavam caçando os
cervos... Cinzento se esgueirou como um hábil caçador que era em sua forma
lupina ele mancou até atrás das casas que andam e observou. Mas o filhote de
Haole olhou de volta e seu grito agudo fez nosso pequeno milagre se assustar e
logo o fogo corria no ar.
Seu uivo nos
chamando foi trazido pelo ar e não somente nós, mas a seita inteira corria em
seu auxilio, logo vimos que vinha de muito mais longe que o limite mesmo assim
Estrela de Ferro ignorou o limite e avançamos nossas patas rasgavam o solo
tamanho era o nosso pavor ao ouvir o som de agonia que ecoava...
Por fim
estávamos ali e me lembro do meu coração esta batendo como o som da tempestade
que iria se abater sobre aqueles arautos da wyrm! Nosso pequeno milagre estava
no chão sua mãe partiu em direção a seu corpo, mas eu e os outros apenas
atacamos estraçalhando suas casas, seus ossos se partindo em nossas bocas, seus
crânios se partindo sob nossas garras.
Não deixamos
nenhum deles vivos, nem mesmo os cavalos resistiram a nossa fúria. Meu filho
havia partido em um dia como o que trouxe ele ao mundo. O ancião nos permitiu enterrá-lo no cemitério
dos nossos heróis para que ele fosse recebido por nosso povo do outro lado. O
avô fumaça agora toma conta dele assim como a Grande Mãe.
Aceitamos sua
partida, contudo não existe perdão em meu coração para os filhos de haole
sempre que tentarem entrar em nossa casa sentirá a mesma fúria que tomou meu
peito naquela tarde cinza...
Rei dos Cervos Lupino –Galliard- Adren -
Resistência de Phandar
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